A Canção do Viajante

Eu caminho, caminho, traço meu caminho.

No Solzinho, sozinho. Vago tão sozinho.

Meu destino, firmando. Continuo andando.

A cada passo, contando, os pássaros cantando. 

Dê uma parada e alonga, essa estrada é longa.

E beba um gole d’Água. Afogue a sua mágoa

O amor é tudo o que traz, nem pense em olhar pra trás.

Acorde cedo e louve, e finge que não ouve

Palavras de gente culta. A minha mente oculta.

Dizem que não alcanço e ainda que me canso.

Pensam que não consigo, mas mesmo assim, eu sigo.

Não desisto nem um instante. Eu sou assim: sou viajante!

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(Não sou poeta e nem pretendo ser, mas de coração, eu amo escrever).

Bjins,

Ana.

Sua vontade de viajar pode ser Doença Genética

Quando você tem um problema e sabe que é real, tende a procurar e pesquisar até descobrir o que de fato tem, pois só assim pode buscar o tratamento e até encontrar a cura.

Desde bem novinha sofro de um mal muito estranho. É uma dor que me sinto sempre que fico muito tempo sem botar o pé na estrada. É mais do que uma vontade, mas a necessidade de conhecer um lugar novo. Meus pulmões chegavam a falhar quando o ar não era renovado e meu estômago ardia por novos temperos. Não só viajar, mas mudar de casa, de quarto, de parede, de escola… enfim, vivenciar algo novo e sair da rotina!

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Essa doença já me fez ter que estudar em 8 escolas e morar em 7 casas de 3 cidades diferentes. E ainda me levaram a pisar em 9 países de 4 continentes!

Cheguei a relatar os sintomas para conhecidos mas ninguém nunca soube me dizer o que era. Uns ainda ousaram dizer que era pura frescura. Como sabia que não era frescura, passei a  investigar o caso até que descobrir qual é o problema que me atingiu e que pode ter atingido você também.

E Finalmente descobri! Se chama Fernweh, é uma doença crônica cujo nome vem do alemão – Fern (distância) e Weh (dor) – se traduzida significaria “sede ou dor por viajar”. Ela atinge cerca de 20% da população e pessoas de todas as idades podem desenvolver.

A Fernweh está associada ao gene DRD4, que está relacionado ao nível de dopamina no cérebro, responsável por controlar a busca pela novidade. Um estudo recente concluiu que povos que migraram da África para outras regiões do planeta, há cerca de 50.000 anos atrás possuíam esse gene.

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Não se sabe se existe cura, porém o melhor (e único) tratamento conhecido até hoje é sair de casa com uma mochila nas costas e ir em busca de aventura. Ver horizontes jamais vistos antes, pisar em terras desconhecidas para sentir aromas e fragrâncias novas e experimentar sabores diferentes. Viajar e migrar para um lugar novo ainda é o melhor remédio para os portadores dessa doença.

A Fernweh é ainda mais forte e mais grave do que a Wanderlust, pois ela não é só um desejo, mas uma abstinência, uma necessidade mesmo! Enquanto houverem terras que ainda não conhecemos, a Fernweh vai nos consumir.

Espero que sobrevivamos até pisar em todas as terras que nosso espírito quiser nos levar!

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Levante as âncoras e ice as velas, confie no Capitão e boa viagem!

Bjins,

Ana.

10 Hábitos que todo Wanderluster Tem!

1) A gente pensa toda hora e todo dia na próxima viagem. Mesmo sem ter nada planejado, mesmo tendo acabado de voltar. É como uma abstinência, um vício mesmo… e parece que quanto mais viajamos mais precisamos viajar de novo. O mundo se torna pequeno perto das nossas ambições e sonhos.

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2) Criamos uma poupança só para bancar as viagens, e muitas vezes ignoramos totalmente outros investimentos. Pra que trocar de carro se podemos conhecer Paris? Pra que comprar um sapato caro de grife, se podemos guardar dinheiro para pisar na calçada da fama? Viajantes não se prendem nem um pouco a bens materiais!

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3) Na verdade nós não saímos sem nenhuma sacola do shopping… nós gastamos sim, mas com pechinchas que nos serão úteis na próxima viagem. Lentes para a câmera, uma mala com mais compartimentos, óculos de sol, chapéu, e tênis confortáveis são sempre bem-vindos e indispensáveis.

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4) Todo wanderluster tem um vício em comum: o amor por mapas, atlas e globos terrestres. A gente não pode ver um globo terrestre que já começa a se imaginar e planejar uma viagem  em países ainda não explorados. Seja um chaveiro, ou um globo enorme… simplesmente precisamos!

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5) Falando em vício em mapas, mais uma coisa em comum que temos é o habito de guardar os mapas usados em viagens passadas. E não só mapas, mas passagens aéreas, folhetos e tickets de entrada em museus, parques de diversão e eventos. Guardamos tudo em lugar especial com muito carinho.

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6) Sites como o  Melhores Destinos e Decolar.com estão salvos no “favoritos” do nosso computador. As vezes entramos com mais frequência em sites de passagens aéreas do que nas próprias redes sociais. E quando abrimos as redes sociais, aparecem logo mais passagens aéreas pelos links patrocinadores.

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7) A gente entra tanto em sites de passagens e hospedagem, que quando identificamos uma promoção… PARA TUDO! VAMOOSS COMPRAR! A gente pensa logo que não pode perder a oportunidade e que essa é a chance da nossa vida. É um sentimento de vitória, de missão cumprida!

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Só depois que a gente se dá conta que as taxas de embarque são altíssimas e a passagem não é um vôo direto e rápido, mas sim, 8 conexões aéreas e 35h de viagem, e o hotel maravilhoso da foto fica num beco esquisito… OOOPS!

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8) Fazemos contagem regressiva a partir do minuto em que compramos a passagem ou o pacote de estadia. Faltam 92… 55… 34… 19… Nossa alegria de todas as manhãs é lembrar que o grande dia está chegando! Sonhamos acordados. Tudo o que fazemos nos faz pensar nela. Nos apaixonamos antes mesmo de conhece-la! ❤

9) Na hora de fazer as malas, pensamos em tudo. Colocamos tudo o que parece necessário em cima da cama ou do sofá para depois colocar na mala. São umas 38 camisetas, 18 calças, 14 pares de sapato… nos imaginamos com lindas combinações das nossas melhores roupas!! Aí começamos a encher a mala, aos poucos até perceber que o zíper está rasgando… Pois bem, melhor deixar algumas coisinhas… OK!! Só levaremos 6 camisetas e 2 calças, o resto a gente compra lá!

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10) Depois de conhecer várias paisagens incríveis e ter experiências totalmente diferentes do habitual, começamos a prestar mais atenção nos detalhes da cidade em que vivemos. O pôr do sol atrás dos prédios, as cores e grafitti nas ruas,  as construções antigas, as roupas do pessoal… nos sentimos turistas na nossa cidade natal e descobrimos algo novo a cada manhã. A vida se torna muito mais colorida e mágica!

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Se identificou??? Então sim, você é um wanderluster da melhor espécie, e deve estar com site de viagens aberto nesse exato momento… rs

Bjins,

Ana.